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Já existe toda uma literatura Umbandista sobre o "como" e o "porque" preparar-se tais Talismãs e até Amuletos. Mas, em toda essa literatura não existia nenhuma referência de como se situar o Ser Humano - agente ou paciente - dessa Magia de Pemba e nem como classificá-lo ou individualizá-lo nessas condições. Abordar esse "esquecido" tema foi o objetivo principal do livro - Pemba, A Grafia Sagrada dos Orixás -, de Mestre Itaoman, publicado em 1990 e do qual se extraem os apontamentos elucidativos que se seguem.
O Ser Humano é, por excelência, o Ponto de Junção entre o Plano Espiritual e o Plano Material porque suas funções cerebrais transmitem a percepção do Mundo Físico, captadas por seus cinco sentidos básicos, à sua Consciência Individual, a qual tem o poder de aperceber-se, para além dos reflexos instintivos, daqueles substratos astrais contidos nesses contatos, gerando a Percepção Extra-sensorial.
Por isso mesmo, a Matemática Pitagórica relacionou o Ser Humano à Entidade Matemática Cinco (número 5), justamente pela existência dos Cinco Sentidos Humanos : visão, audição, tato, olfato e gosto. Daí decorre o fato da Geometria Esotérica relacioná-lo com o Polígono Piramidal por este objeto ter cinco (5) superfícies: quatro verticais inclinadas e uma base horizontal plana.
A Magia Talismânica Heleno-Semita simboliza o Homem pelo Pentagrama, a famosa Estrela de Cinco Pontas, por assim melhor poder expressá-lo em sua Dupla Polaridade :
- Positiva - Uma só de suas pontas apontando para cima;
- Negativa - Uma só de suas pontas apontando para baixo.
O Pentagrama em posição positiva é o símbolo do Ser Humano harmônico e evolutivo, com seus desejos e instintos submetidos à sua consciência; o Pentagrama em posição negativa é o símbolo do Ser Humano desajustado e regressivo em conflito consigo mesmo, cuja consciência está subjugada aos seus instintos.
Um Talismã Mágico, de origem européia medieval, abaixo exibido, demonstra claramente os conceitos acima expressos :
- O pentagrama apresenta-se nas duas posições antagônicas, positiva e negativa, conforme se veja seu verso ou seu anverso :
- Os nomes de Adam e Eve, personagens míticos semitas, contrapõem-se aos nomes de Samael [Arcanjo do Sol] e Lilith [Potestade da Lua Negra].
- Uma Figura Humana contrapõem-se à figura do Bode Expiatório.
- No círculo exterior, apresentam-se letras do alfabeto hebraico, as quais têm relações específicas com a Kabalah e que podem ter caráter defensivo ou retaliatório.
Assim, a Estrela de Cinco Pontas é um Símbolo Talismânico Universal da Raça Humana e tem-se notícias de seu uso no Tantrismo (Índia e Tibet), na Cabala (Judéia), no Pitagorismo (Grécia), na Magia (Europa Medieval), na Teosofia (nas modernas Europa e Américas). Então, também nós o utilizamos no Esoterismo de Umbanda. Por que não ???
Pois, sendo o Ponto de Junção por excelência entre o Material e o Imaterial, qualquer Ser Humano na condição de "médium" precisa e depende de manter atuante, equilibrada e benéfica a sua condição de "receptor de percepções extra-sensoriais" procurando sempre repor as energias bio-elétricas que seu corpo físico dispende na prática de cultos esotéricos, caritativos ou não. Para isso, ele precisa estar em sintonia harmônica com a Vibração Sutil que emana de seu Orixá Regente Planetário, cuja Força Sutil dinamizava os Astros Celestes que regiam a Natureza no momento em que aquele Ser Humano sorveu o primeiro Hausto de Vida em seus pulmões, ou seja, no momento de seu nascimento.
Precisa, também, saber conjugar eficientemente esta Vibração de seu Orixá Regente Planetário com a Vibração de seu Orixá de Cabeça, ou seja, aquele a quem, por escolha própria antes de sua atual reencarnação, seu Espírito Imortal (Ori Orun = Cabeça no Além), ajoelhado perante Olorum [Deus], decidiu ou precisou dedicar sua futura "Cabeça na Terra" [Ori Aiye = Intelecto ou Personalidade Individual].
Como vimos, o Orixá Regente Planetário é determinado pela data de nascimento e a ele estão ligados seu Arcanjo e Anjo de Guarda; mas, seu "Orixá de Cabeça", a quem estão ligados seu "Santo" e seu "Exu Guardião", só pode ser determinado por um Babalaô, através de um Jogo Divinatório como o Tabuleiro de Ifá, o Colar de Ifá ou, como último recurso, os Búzios. Para esta última determinação, não há outra alternativa ou escapatória.
Portanto, na Magia Talismânica de Umbanda, não é o bastante representar o Ser Humano pelo Pentagrama; é necessário também :
- Classificá-lo por Forças Sutis Espirituais, Astrais e Planetárias;
- Individualizá-lo em seus outros relacionamentos espirituais com a sua Falange Espiritual, com seus Guias e/ou Protetores;
- Nominá-lo por seu Nome Astral e/ou Iniciático;
- Graduá-lo em função do mérito que venha alcançando nas "pelejas" em prol de seus
próximos.
E, para isso, a Magia Talismânica de Umbanda tem seus próprios símbolos sagrados para representar
aos seus Orixás, Guias e Protetores, aos Planetas e Signos Zodiacais, às Forças Elementares da Natureza, à Numeralogia e Grafia Sagrada com que cria e grafa Nomes Próprios e/ou Iniciáticos, bem como pode representar os Vórtices e Canais de Energias Sutis que percorrem o Organismo Intra e Supra Corpóreo do Ser Humano, caminhos de energias estes que são, também, controlados pelo Imolé Exu Bara, o Senhor Guardião do Corpo e dos Caminhos do Destino de cada um de nós, "Caminhos"" estes que ele "abre" ou "fecha" conforme os méritos e os deméritos de nossas ações conscientemente perpetradas.
Com o conjunto desses Símbolos e com sua Grafia Sagrada, à qual os Umbandistas denominam por "Lei de Pemba", a Umbanda não precisa recorrer à simbologias de origem Egípcia, Tântrica, Hebraica, Grega ou Latina
para compor seus Sinetes ou Talismãs.
É de se notar, também, que as representações das formas geométricas (e a matemática que as inspiraram), não são propriedade exclusiva de nenhuma civilização ou época. Elas existem desde sempre na Natureza : a espiral da casca de um caracol, o oval de um seixo rolado, o triângulo de uma lasca de sílex, o cubo, a pirâmide, o hexágono e muitas outras formas encontráveis nos minérios e cristais, a forma poligonal de uma estrela-do-mar !
Não há aqui espaço para o ensinamento das correlações entre os Símbolos Sagrados de Umbanda e os Símbolos de outras procedências, tais como Astrologia, Alquimia, Cabala e Magia. Mas, realmente, a correlação existe e quem quiser aprofundar-se no assunto em questão pode referenciar-se no livro de Mestre Itaoman acima citado, embora seja difícil encontrá-lo nas livrarias.
Por isso mesmo, vamos limitar-nos a apresentar os Doze Sinetes Astrais Básicos referentes aos Doze Signos Zodiacais, de forma que cada pessoa possa encontrar aquele referente à data de seu nascimento e, então, utilizar-se dele, por sua conta e risco, para obter proteção contra "temporais astrais" que, infelizmente, certos ambientes ou pessoas "mal vibrados" podem ocasionar.
O material em que devem ser confecionados é aquele referido como o metal característico do Signo Zodiacal, encontrável no tópico Influências Místicas, Item Influências, sub-item Data de Nascimento, nesta mesma Home Page.
Sobre um dos seus lados, cada Sinete Astral tem gravado os Símbolos Umbandistas relativos ao Signo Zodiacal, o Planeta Regente, o Orixá de Nascimento, a Força Sutil do Elemento da Natureza, o símbolo do Vórtice Astral captador de Energias Sutis de seu organisno extra-corpóreo e o Símbolo Astral Sintético da Entidade Espiritual Guardiã de seu Corpo Físico e Astral, ou seja, seu Imole Esu Bara.
Em seu outro lado, tem signos cabalísticos não reveláveis publicamente, ou seja, só são reveláveis dentro da relação Mestre-Discípulo.
Cada um desses Sinetes Astrais é, pois, comum a todas pessoas nascidas sob esse mesmo Signo Astral e por todas elas podem ser utilizados, mas apesar de abaixo relacionarmos os Doze Sinetes Astrais Básicos para seu simples conhecimento, é evidente que para grafá-los magisticamente é necessário ter-se sido Iniciado na Lei de Pemba de Umbanda, a Grafia Sagrada dos Orixás : simplesmente cópiá-los e portá-los não levará ninguém a resultado algum!
OS SINETES ASTRAIS DOS SIGNOS NA UMBANDA E SUAS INFLUÊNCIAS MÍSTICAS |